domingo, outubro 30, 2005

Asas Não São Para Voar

Nasceste na minha vida como se não tivesses asas
Agora sente a vida
Dei-te uma arma agora, mata-me
Vi uma mudança, estás mais livre
Vi a liberdade na mudança das tuas asas
Levei-te para casa outra vez, e outra.
Senti-te no chão que vai até fora
Deste-me a certeza e mataste-me
Quem me dera que nunca tivesses asas

sexta-feira, outubro 28, 2005

Há Algo

Há algo no teu olhar, reparei logo quando que te vi
Algo que me lembra que estou vivo, e que valias a pena lutar
Tenho medo da tua recusa
Há algo nos teus movimentos, na tua maneira de cantar
O mais subtil dos movimentos ecoa dentro de mim
Há algo na tua maneira de falar, algo de interessante
Palavras que na tua voz parece a razão da vida
Há algo em mim... és tu.

quarta-feira, outubro 26, 2005

Desperdicio De Tempo

Olá, és o anjo dos meus pesadelos
Sabes que podes sempre encontrar-me
Bem, desejo que isto nunca acabe mal
Desejo que isto nunca acabe

Não posso dormir, não posso sonhar
Preciso de alguem sempre
Sempre indeciso em te chamar
Vem comigo e vamos parar com esta dor
Vamos parar com esta dor

terça-feira, outubro 25, 2005

Amo-me

Sim, sinto-me triste tambem
Caem peças e não consigo fazer com que fiquem
Tu, foges
Rapido e mais rapido mas não consegues escapar
Há razão para a esperança
Para as perguntas sem resposta, não vejo tudo
Sim, estou dentro de ti
Diz-me como é sentir como eu sinto
Só quero saber de mim
Queres mesmo isto
Ás vezes assusto-me, que não sei
Acreditas
Tudo acontece por uma razão e eu não sei porquê
Só quero saber de mim
Foda-se, amo-me...

segunda-feira, outubro 24, 2005

De Volta Á Rua

Noites escuras em que conto as nuvens que passam
Sonho acordado, as coisas sem ti não funcionam
Estou contigo dentro de ti
Se te renderes eu desisto um pouco
Adorada, adoravel
Na verdade não posso ficar contigo porque...
Estou contigo dentro de ti
Eu espero por ti sozinho, na rua fria
Se vires ter comigo fico melhor
Estou contigo dentro de ti
Tenho de descobrir-te, não basta conhecer
Pecado em tudo e nada
Estou contigo agora

"Cheira A Mim"

Como hei de sentir aquilo que foi dito em cima da altura
O que hei de fazer para não sair mal e entrar pior
Tranco-me com tudo e fico sem nada, não vale a pena
Sinto-me procurado, a mente não me deixa dizer
Mas sinto aquilo que tenho teu, tenho um cheiro a ti
Mas tambem tens algo meu que ainda não fui buscar
Talvez porque não o deva fazer
Iremos descobrir
Breve

domingo, outubro 23, 2005

Perde-te

Vi-te e fiquei bem, mas tu não...
Tentei tudo o que sabia mas, não...
A face de um estranho, ao longe
Estranho, a ausencia da tua pessoa

Mas não é a melhor opção, afoga-te
Mas não assim
Afoga-te dentro de mim
Perde-te dentro de mim, eu agradeço-te

sexta-feira, outubro 21, 2005

Tardes Curtas

Sinto-me parvo ao querer dizer que te quero
Todas as imagens estão dentro da minha cabeça
Já sinto a tua falta

Estou assim, vou nos agarrar antes que nos soltem
Quero te dar o beijo da despedida
Já sinto a tua falta

Sinto o cheiro que deixaste, numa eternidade
Agarro-te umas palavras emprestadas
Já sinto a tua falta

quinta-feira, outubro 20, 2005

Aprendo Sempre Da Pior Maneira

Ela diz que nos vemos depois, é dificil de engolir
Digo-lhe, não te mandes embora porque te magoas
Tens tanto para desistir, será que entendes?
Eu? Sou um homem, liberta-me o espirito

Ao pé das ruinas, ao pé da minha cama
Não te importarias se eu gostasse de ti?
Ainda estou a cair, mas podes ir se tiveres com pressa
Vale a pena tentar ao ritmo certo da batida

Todo o dinheiro e ouro não compram aquilo que há
Porque eu aprendo sempre da pior maneira
Que se foda, mas vês-me? tas ai?
Adoro a maneira como não consegues dizer sim

Eu sei onde estás, não foi dificil de perceber
Mas o que será melhor para ti, será o pior para mim
Eu não hei-de, eu não vou dizer mais isto
Cometer erros, acho que te devia dar ouvidos

quarta-feira, outubro 19, 2005

Meio-Vivo

Bebo todas as noites para pensar que será a ultima
Afogo-me no pensamento mais perdido com o copo vazio
Não percebes a minha vontade e o meu coração atrofia
Adormeço dias inteiros na minha cama, sozinho

Queimo a vida
Só vejo as tardes

Voei alto nesta noite que quando cai no chão ele estava mais duro
Adormeço, para quê estar acordado nestes dias de inferno?
Era tão facil, agora conto os dias pelas noites
Não tenho direito de pedir nada, escondo-me para não mostrar o que sinto
Mas um dia, vais descobrir, um dia

Queimo a vida
Só vejo as tardes

O que nos separar será o mesmo que nos vai unir

terça-feira, outubro 18, 2005

Trago-te Cá Dentro

Serei sempre um pouco do que sou se não te tiver
Podes levar o tempo que quiseres, não te quero roubar
Não me digas um talvez nunca vou aceitar melhor que um não
Não meças as palavras porque não me vou afogar nelas
Afogo-me só na demasia do teu passado, curto e magoado
Desejo sim que vires as costas á dor de tempos melhores
Lembro das conversas consumidas ao tempo de cigarros

Tempo de te levar
Ao caminho comigo

Serei sempre muito pouco continuando como estou
Se não vier mais esse tempo ao menos fica o que sobrou
Diz-me apenas o que é verdade ou o que é melhor de sofrer
As palavras que quero são as que demostrem o que existe
Puxa-me á superficie para que não acabe em baixo do mundo
Leva-me para um sitio seguro de tudo, mostra-me o meu amparo
Sentamo-nos para trocar mais do que palavras apagadas, tristes

Tenho de te trazer
Ao caminho contigo

segunda-feira, outubro 17, 2005

Leva-me Porque Sim

Isso vive em mim, vive para não poder acordar
Viras-me sem eu saber porquê, talvez sim
Gosto da tua musica, ainda por cima de tudo
Vejo-te na televisão, vê-se tanta merda que não quero ser
Mas ninguem quer saber do que gosto
Ja te conheço, morro lá dentro
As duas palavras que cantamos, a gloria que vivia
Foste a unica que me mostrou o ultimo mundo
Lembro-me do teu nome e da tua cara não esqueço e não quero
Foste a unica que me mostrou o ultimo choro
Estou certo, isso é só o que sei
Foste a unica que me mostrou isso

domingo, outubro 16, 2005

Gestação

Puxa para trás de ti algo de inconveniente
Puxa-me a mim para perto de ti
Eu sei, mas não violo as tuas regras
Desculpa se alguma quebrei, se o quis ser
Não digo os nomes, parecem-me ontem
A prisão não é sitio para se esconder, nem rezar
Preso nestes dias, preso ao que digo, que oiço de ti
Ao que devia ser ou que não devia, um dia
Prezo-te a ti.

sábado, outubro 15, 2005

Rapariga Pequena

Trancado dentro de uma caixa sem buracos para poder respirar
Para sempre, o conselho de alguem maior de espirito
Trancado dentro de algo maior sem espirito para libertar
Para sempre viver nesta caixa sem buracos para me poder divertir
Não grites porque ninguem te percebe
Fala baixinho
Incomodas os vizinhos
Para de andar porque nunca vais sair desta caixa sem buracos
A caixa sem buracos para bateres por fora, sem espaço

sexta-feira, outubro 14, 2005

Agarrado Aos Laços

Tu vês em mim alguem? Um silencio sem importancia
Sinto algo em segredo com medo de chorar, minto-lhe?
Não é a melhor solução, mas isto tem de ter solução?
Disse coisas tristes, mas para ti quero diferente, não sei
Tenho medo, de te fazer chorar
Diz-me quem és, diz-me os trilhos que percorreste
Já tive o suficiente disto mas quero saber mais
Dá-me a coragem para ver se fazes bem
Procurei em outros corpos encontrar-te só por uma noite
Deu-me ar para respirar por um tempo mas já acabou
Formas muitas de gostar, de viver e morrer
Não (me) deixes...acabar...

quinta-feira, outubro 13, 2005

Não Adianta Fugir

Mais um grito que marca e eu só queria estar bem
Mas quero sempre mais, mas vou fingir que sei
Já bebemos do mesmo e já bebemos demais
Infinito que guardo dentro do bolso para me lembrar
Lembro-me do bom, do que realmente gosto, nada mais
Lembro-te a ti, do que faz falta, lembro-me de ti
Falo do que perdi sem achar, conquistei sem lutar
Um olhar, um sorriso, uma dor, uma mágoa
Caio e choro quando choro a cair, e viste-me parar
Rastejo, afogo-me e quero-te
Feita de papel em que uma chama acaba assim
Podia desejar-te como a palma da minha mão, mas não, desculpa
És mais ainda que pedaço de mulher que não há
Respiro para sofrer a olhar para ti, agarro-me a ti
És o meu fundo que passa por de trás de tudo sem tocar
Segredos á minha frente que decidi subir para ti
As cordas de uma guitarra falariam por mim se te conhecessem
O nosso olhar não vai acabar
Não vai voar por segundos, vai voar no nosso fogo
Na nossa noite, nos teus labios, nos teus olhos
Chegaremos a nós...

quarta-feira, outubro 12, 2005

Estranho

Partem-se as costas quando dizes que é estranho, mas parece infectado?
Todos temos problemas a diferença está em como os resolvemos.
A pele está cheia do que decidimos esquecer, e não nos lembramos.
Estudamos faces num parque fechado, resistimos e cheira-se.
Não há sitio para esconder, nada para fazer e ninguem para enfentar.
Pele para cobrir a distancia que nos une e nos separa.
Perder-te para as estrelas ofuscantes de um universo sem fim.
Ganhas na dor, no lugar onde pertences sem tempo, estranha sem coroa.
Mesmo preso por viver não desisto e o tempo há de me dar razão.
A minha musica alta fará morrermos sem controlo.
Ai ficarás comigo

terça-feira, outubro 11, 2005

Restos De Nós

Fui eu, que pedi? Não me lembro de pedir restos de nós.
Nunca nos vimos porque o tempo nos queimou com pressa
Sabes que quase fomos aquilo que queriamos, o impossivel
Por ser assim podes me vir ver porque ele é melhor para nós
Assim vens quente e dás demais por mim e vês-me crescer mais
Mas tem atenção não me faças cair por favor, medo no meio de trás
Já tenho pouca gente para vêr, alguem que me veja com tudo
Era quase o céu que me caiu em cima com força, caiu no inicio.

Manual Do Coração

Sem regras porquê? Porque é que tem de ser assim?
Porquê que não existe senso nisto? Porquê?
As perguntas para as quais nunca há de haver resposta concreta.
Só eu e tu, mais ninguem. Pensava que sim mas não fico bem...
Será que vais acordar algum dia? Tenho de te acordar...
Alma que fica e perdura a dor da partida dum olhar distante.
Doi a ausencia que doi sempre, doi todos os dias.
A vida depois da morte é como a vida depois de ti.
Não vás... mas não pares. Mas porquê? Se te disse para ires...

segunda-feira, outubro 10, 2005

Sem Mais Para Sofrer

Talvez amanhã veja renascer uma cor amarga.
A cor da escuridão, de quem não dá nada por ser quem é.
Diz quem vês dentro disto! O que vês para nós?
Larga a dor, para poderes ser as ideias que te fazem.
Dentro de ti não sei a resposta que está presa por correntes de papel.
Peço-te, não consigo continuar, as palavras lutam contra mim.
Os teus lábios travam batalhas de quedas profundas.
Diz-me por favor...

sexta-feira, outubro 07, 2005

Vamos?

Por trás, de trás de tudo, laços bem atados entre nós.
Devolves-me o acordar, tiras-me o não querer.
Dentro de nós não há sós, tira-me de mim.
Calor, clima que surge com a tua chegada.
Não há dor nem mágoa, dentro do fraco homem.
Vamos embora, não te assustes, vamos á solta.
Nascer os dois, vamos embora.
Para trás por de trás de tudo, a sós.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Viagens

Viagens
Interminaveis
Daria o que fosse para ter continuado por essas estradas sem fim.
Só para estar perto de ti, para te poder ver perto de mim.
Mesmo sem te tocar, mesmo sem olhares ou palavras.
Basta um estar que é invisivel para nós, mas sente-se, e tu sabes.
Viagens
Por ai, libertamos as mágoas e voltamos mesmo sem querer.
Mesmo sem eu o querer, queria mais estrada para andar, para ti...

segunda-feira, outubro 03, 2005

Trilhos

Agarro no que é meu, porque não quero um buraco na cabeça.
Saio fora, explico o que levo por muito tempo, o que é meu.
Hoje...
Ando pelo meu proprio caminho novamente, o frio, o velho.
Seguro-o por escolha, escolho a triste sina de não me mover.
Afinal, sempre aqui estive e vejo-me voltar.
Não o quero deixar, viver sem ele.

Sento-me nas verdades, das vidas menos vazias
Sem consequencias, guidado por desculpas